quinta-feira, 1 de junho de 2023

não vou temer

a palavra que procuro é clara quando não é gema está na injúria secreta não por acaso mas também os tortos tecem considerações do outro lado da ponte para o nada atravessamos um tempo de escombros templos de abismos toda palavra guarda uma cilada e tudo é transparente em cada forma onde o ser não significa tudo aquilo que deveria

 

Artur Gomes Fulinaíma

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não vou temer

nesse estado de sítio
em que me encontro quanto surto
na mão golpista
na mão nazista
na mão fascista
desse estado absoluto

que mãe pariu bestas humanas
que árvore má gerou o fruto?

não vou temer sua conduta
na flor da pele a força bruta
o teu golpe de estado
se o meu estado é só abismo
abalo sísmico na barbárie
que praticas cão danado
quando tua obrigação
é livrar o povo desse estado

Artur Gomes Fulinaíma

31 de maio de 2017

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Compartilho com vocês essas palavras da minha querida Mestra e queridísssima amiga Arlete Sendra

 

"Artur, sua poesia me extasia. Eu o leio diariamente e, em seus textos, abasteço-me de vida, vezes tantas escarros da vida que com sensibilidade você fotografa.

Tenho tido limitações para sair. O tempo explica.

Aprendi com você, nos idos do CEFET a verticalidade da poesia. Sua poesia é fotografia da arte ou será ciência do viver.

Eu o abraço com carinho."



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