terça-feira, 30 de agosto de 2022

Drummundana Itabirina


Para Rúbia Querubim

 

tudo enquanto verso

tudo enquanto rima

a pele rara da menina

lança perfume parafina

no carnaval lança confete

perfume do bom é serpentina

 

Artur Gomes Fulinaíma

https://braziliricapereira.blogspot.com/

 


segunda-feira, 29 de agosto de 2022

fulinaimagem

 


FULINAIMAGEM

 Campos: 184 Anos

:

Onde estão os Goytacazes?


BraziLírica Pereira revisitada

 

                                   Leminki Ando

 

só olho ana à vera

faça outono ou primavera

quantas eras quantas anas

em carnaval meu olho disse:

 

ana à vera  vera ana

ana clara claralisse

vejo ana lendo eunice

quando li eu vi luana

e

ana ali

só vi liana

ana verso

analice

 

um lance de dados

 

doze e quarenta

e seis

mallarmè

na hora incerta

dormindo invisível segunda

semana de dedos nas bocas

sinal inviável na quarta

dedo de deus numa terça

jogando dados na sexta

 

                                   macabea vozifera

lady gumes a diretora geral do presídio federal de brazilírica, impressionada com a decisão pungente das metáforas em produzir libertinagens, traçou um plano para que as meninas pudessem vez em quando sobrevoar os céus do parador em grande falo gigante capricónio tropical.

macabea, a ofendida tentou de tudo: forjou mentiras, corrompeu guardas, comprou juízes, cooptou alunos, advogados de deus e do diabo, para que o vôo libertino das metáforas fosse exterminado.

"não estou aqui para que pintores sem a mínica competência pictórica tentem lambuzar com qualquer tinta da porra a minha estrela que não sobe". voziferou Macabea.

mas lady gumes, decidida, prosseguiu afinado a faca de dois gumes e, no momento exato final e derradeiro, serrou as grades de ferro que amarravam as portas do corredor central. assim feito, as metáfroas sobrevoaram com o zepelin rasante, levando nas asas o seu másculo músculo aninam, e as metáforas se abriram flor de lotus tropicalha como filhas do chico da mangueira.


murilínDia

 

por cima dos pianos

na madrugada devorando amoras.

macabea invoca nossa senhora das derrotas

 

o poeta flama inverso

macabea chora.

experimental barroco o poeta sobrevoa

palácios e urubus.

macabea tenta

mas não consegue ser pagu. para enfrentar o desvario.

o poeta está nu cio. macabea corre o poeta experimental

passeia sua cueca monossilábica

 

o poeta é phoda.

macabea pede:

o menino faz que não entende.

macabea implora:

e o poeta põe na metáfora do cu.

 

B

no coração dos boatos

 

isso aqui não é a hora da estrela,

minha mãe não é alice

que apesar de freira, de hábito só tinha o vício

de me prender pro entre o crucifixo

colocado em  suas pernas.

macabea vivia falando sozinha

pelos corredora federais da outra iquisição.

conseguia vez em quando reunir alguns habitantes mal informados sobre a inssurreição

das artes aromáticas

e passava o tempo querendo mostrar

seus dotes na culinária nua e crua.

seviciadas pelos estivadores daquele cais do porto

tentou arrancar o sexo com as unhas

e enlouqueceu uivando como loba amarrada à santa cruz da goiabeira.

 

pessoas que me comovem são aquelas que vivem ou viveram com os seus fios elétricos ligados cuspindo seus relâmpagos suas trovoadas sobre as nossas tempestades. Sou fanático sim por blues samba e reggae. faço as minhas escolhas independente do meu coração partido e sigo vivo com os Dentes Cravados na Memória para nunca jamais esquecê-las. pessoas que me comovem rasgam o peito e deixam sangrar poesia.

 

Poética 100

 

desconstruir os objetivos fascistas
: eis a questão
missão diária de cada um de nós
poetas
quando sabemos que a linha torta
é muito mais
que um poema em linha reta

 

 

Poesia: Fulinamgem

Linguagem:  toda viagem

 

 

Quando

Zeus me apresentou o raio conheci um pássaro azul que me guarda na varanda

 

tragicomédia brasileira I

 

a boca salta pela língua 
vísceras de peixes nos varais
meu corpo parede sem reboco
anjo barroco em trapos ancestrais

a casa de cimento pai à pique
roubaram da criança
              o piquenique

no país que já foi meu
               hoje não mais

 

 Mário Faustino re-visitado

experiência: vida/viagem 
poesia toda linguagem

 

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